terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Desafio dos sete


Recebi este desafio várias vezes, relutei em fazê-lo, por que é tão difícil falarmos de nós? Mas acabei cedendo quando desafiado pela Clarissa Lamega do Blog 'Só enquanto eu respirar'. Por quê desafio dos sete? Fiquei pensando no número sete e dizem que há o sétimo céu; sete cores do arco-íris; sete notas musicais; sete pecados capitais; sete chakras do corpo humano; criação do mundo em sete dias; fechar a sete chaves; bicho de sete cabeças; falar com sete pedras nas mãos... Mas vamos lá?

Sete coisas que eu tenho que fazer antes de morrer:
-Mochilão pela Europa
-Escrever vários livros
-Morar num sitio
-Viajar de Norte a Sul do Brasil
-Doutorado
-Aprender vários idiomas

Sete coisas que eu faço bem:
-Dormir
-Bacalhau ao forno
-Decorar espaços
-Caipirosca
-Receber pessoas
-Dormir
-Dormir

Sete coisas que eu mais digo:
-Alô (trabalho atendendo clientes ao telefone)
-Bom dia e Boa tarde (pelo motivo anterior)
-Tchau (pelo dois motivos anteriores)
-Valeu!
-Tipo assim...
-Estou tão cansado!
-Hoje não...

Sete qualidades:
-Ser amigo
-Ser sincero
-Intenso (em tudo que faço)
-Compreensivo
-Solidário
-Carinhoso
-Pontualidade

Sete defeitos:
-Ciumento
-Acreditar demais nas pessoas
-Não saber mentir
-Detestar dirigir
-Timidez
-Consumista
-Ansiedade

Sete coisas que amo:
-Ler
-Música
-Cinema
-Ficar em casa
-Namorar
-Viajar
-Amigos e família

(by, franck)

sábado, 25 de dezembro de 2010

É tempo de...


silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio. silêncio...
e...
solidão!


(by, franck)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Poesias engarrafadas e flores brancas e ondas...


No entardecer redes de pesca secavam e brilhavam nas cercas da casa à beira mar. A turista na soleira da porta dessa casa fotografava o ocaso, os pescadores com seus corpos queimados de sol e cheirando a mar, os barcos coloridos como numa fila indiana e o garoto nu e de pés descalços, como um espécie raro. Um rapaz de brinco na orelha esquerda tocava violão e uma moça dançava reggae, como se fosse para um Deus poente. Invadindo o anoitecer cheiros de salitre e peixes e bebidas e maconha e de festa, mas no meu coração não batia nenhum tambor, se entristecia com as luzes dos pirilampos se confundindo com as lanternas e lampiões e cigarros e fogueiras. Ao longe, apitos de navios, quais seriam seus destinos? Naquela praia cães latiam para as cabras e as vacas e os passantes e os fogos de artifício, numa noite sem lua e estrelas, mas com um vento vindo do litoral que exigiria agasalhos na madrugada. Sentia sono e uma vontade de reinventar aquela noite, aquela praia e o mar. No último dia do ano joguei ao mar minhas poesias engarrafadas e flores brancas e pulei sete ondas, místico e solene, para que ele, o mar, soubesse quem eu era e quando voltar neste dezembro, ele reconheça que fui eu que quis acordar com o seu sabor dentro dos olhos um dia, que quis reinventá-lo, inventá-lo, por mais antigo que ele seja.


(by, franck)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Como se houvesse rosas em seus olhos...


Poderei contar-lhe dos olhos da minha mãe, que ontem me disse quase não poder mais ver o céu tão azul de dezembro. Meu coração passou a bater mais devagar ouvindo sua voz ao telefone e sentir como se houvesse rosas em seus olhos. E suas tranças, mãe? Os bolinhos comidos ao anoitecer no jardim olhando as estrelas? Você costurando nas tardes de chuva: como vai parecer arrogante e solene a mulher que usar aquele casaco; era um casaco colorido, não era? Escrevo cartas de amor, mãe, para amor algum. Vivemos numa terra sem neve e nem azaléias, mas temos natal e lua, seus olhos de rosas conseguem vê-la? Queria um rinoceronte e alguma planície, montá-lo nesta noite de lua. Queria baús cheios das coisas maravilhosas e inúteis do mundo para presenteá-la, mãe, para seus olhos brilharem. Mas antes que eu sonhe com casacos e baús e rosas, escrevi este poema, mãe, um presente para louvar seus olhos!


(by, franck)

sábado, 18 de dezembro de 2010

O poema que não aconteceu!


Queria escrever um poema como uma balada ouvida numa madrugada. Um poema como a espera de alguém por um amor que não vem. Um poema como o azul irreversível. Um poema como um gole de vinho, bebido no escuro. Um poema como uma bolha de sabão e sua estrutura, brilhando numa tarde cinzenta. Um poema como um ponto de exclamação dentro da manhã. Um poema como um moinho de vento, num deserto. Um poema como o poente alaranjado num fim de uma tarde na praia. Um poema como a borboleta que não saiu ainda do casulo. Um poema, queria escrever, mas o poema não aconteceu!


(by, franck)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A cor do meu azul


O céu do meu dezembro está azul. Netuno, por exemplo, também é azul. A moça que vejo da minha janela veste azul. Meu quarto é azul. A bicicleta do meu vizinho é azul. A liberdade é azul. O mar e sua imensidão azul. A ararinha azul está em extinção. As minhas garrafas que sempre voltam, quando lançadas ao mar, são azuis, como as mensagens que elas contém. Mais tarde o crepúsculo talvez seja azul. O veludo da poltrona da casa da minha mãe é azul. Vejo o azul pálido desse mundo tão pequeno no google. A noite é um azul sem luz. Li 'O mistério do trem azul' de Agatha Cristhie. Ouço o azul dos blues de Nina Simone. Sou a cor azul e todos os seus matizes. Azul. Azul. Azulzinho...


PS: Texto escrito a pedido de Brayan, do Blog HB, para o tema A COR DO MEU AZUL!


(by, franck)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Cena de cinema


Entre nossos olhares havia uma cumplicidade de mar e marinheiro...


(by,franck)

domingo, 12 de dezembro de 2010

Minha amiga secreta é....




ÉRICA, do blog LOROTAS!!!

Minha amiga secreta é paulista, diz que é azeda, mas doce quando é doce, será que é um pouquinho agridoce? Adora café, não viveria sem músicas, cinema e leituras. Quer dar a volta ao mundo e diz não ter medo da solidão. Será que ela aprendeu a cozinhar? Foi à Argentina? Ela se preocupa com o país por suas abordagens sobre política e todos os problemas sociais existentes, tendo as mazelas, às vezes, como inspiração para textos e poemas que nos fazem refletir, muito!
Algumas vezes nos encontramos na blogosfera, por isso sei tão pouco da minha amiga secreta, mas deixo-lhe esse texto:
Que venhas de sua paulicéia/com sua selva de prédios/mas com sua poesia na babagem/a desaguar nas águas caudalosas de algum dos rios que atravessam minha Ilha/Que traga seu café/e eu te darei a sombra de um coqueiro/para tomá-lo/ou algum mirante de um prédio colonial/para ver o sol se pôr e o azul dessa cidade/Que no ano vindouro/tenhas muito a me sensiblizar/no seu blog/com seus textos tão peculiares/que tentarei contar-te do meu mar/das minhas noites insones/que não sei se são as suas/Mas nos encontraremos na blogosfera/e faremos poesia/um filme em sépia/algum dia/da nossa amizade/minha amiga não tão secreta.

PS: Amigo Secreto realizado pelo blog UNI VER SOS, da ESTHER!

(by, franck)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O LIVRO E O CD VÃO PARA........

Quero agradecer aos amigos que participaram para o sorteio do livro da Clarice Lispector e do cd de Ana Cañas, tentei fotografar o passo a passo do sorteio, mas minha câmera deu uma pane, infelizmente!
*O livro saiu para Piedade Vieira do blog Olhares e Saberes!
*O cd saiu para Brayan do blog HB!
Meu carinho!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Poema que aconteceu


Eram duas da manhã,talvez
quando acordei e disse para mim: sou infeliz.
Nada de óbvio para uma madrugada
nada de óbvio para meus quarenta anos
mas, ainda que eu não tenha dito isso em voz alta
veio a frase pronta a minha boca
como se sempre estivesse ali
brincando com minha própria ignorância.
Sou infeliz, eu disse,
não que isso me fizesse qualquer mal
que eu devesse me apiedar
ou rezar uma oração.
A infelicidade era tão completa em seu silêncio
que no dia seguinte escrevi um poema.
(by, franck)

sábado, 4 de dezembro de 2010

AVISO AOS NAVEGANTES!!!!!!!!!!!!!!!




Recebi um porta-incenso de uma amiga que foi ao Peru, um mimo que veio em um papel azul brilhante, e, quando ela o trouxe, naquele fim de tarde de um sábado, o azul do papel refletia na luz do entardecer enquanto eu admirava as pinturas rupestres reproduzidas no incensário. Não resistimos, acendemos incenso de canela e tomamos vinho e ela me contou do que fez, viu, conheceu na viagem... Lembrei-me também que essa mesma amiga deu numa outra ocasião um castiçal para uma amiga em comum, essa amiga em comum mudou-se para a Alemanha; na véspera de sua viagem, fez uma festinha na sua casa e deu aos amigos presentes que estavam e significavam muito no seu cotidiano; ganhei o castiçal, ela me disse que seria como fechar um círculo, então, foi como se eu ganhasse o castiçal duas vezes, porque quando o vejo ali, com aquela vela amarela, lembro das duas amigas. Ah, tem o amigo que partiu num cruzeiro e de cada cidade que aportava, mandava-me postais, foi como se eu estivesse com ele na viagem, acompanhando sua rota...
Porque esse assunto? Fiquei imaginando dos presentes, mimos, lembranças que recebi, que dei... O que importa se foi uma flor? Um cd? Um postal? Um livro? Um poema?... E as reações? Os sustos? Os impactos? Os choros? Os risos? A mudez absoluta?... Devo ter me comportado de todas as maneiras descritas. Às vezes olho essas lembranças brilhando, espalhadas em vários lugares da minha casa. E como chegou o fim do ano, gostaria de presentear meus amigos-blogueiros; tenho para presenteá-los um cd da Ana Canãs e um livro da Clarice Lispector, para ganhá-los, é só deixar nesse post um email, que na próxima semana, mas precisamente dia 10/12/2010, farei o sorteio, ok?
Aguardo vocês!


(by, franck)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Toda a (ou nenhuma ) poesia do mundo...


Tem noites que sou toda a poesia do mundo, como esta, que sou Caio Fernando Abreu, com HIV+, no Menino Deus. Sou Rimbaud, na África, com a perna amputada, por causa de um câncer. Sou Elizabeth Bishop, com um aneurisma cerebral. Sou Vírginia Woolf, entrando num rio com os bolsos do sobretudo cheios de pedras. Sou Sílvia Plath, colocando a cabeça no forno do fogão da cozinha e ligando o gás. Sou Ana Cristina César, jogando-se do sétimo andar. Sou Thoman Mann, endoidecido e se matando com um tiro na cabeça, aos 89 anos. Sou Hemingway, bêbado e decadente com seu fuzil de caça. Sou Florbela Espanca, ingerindo dois frascos de vironal no seu aniversário de 36 anos. Sou John Kennedy Toole, inalando monóxido de carbono até morrer. Sou Yukio Mishima, realizando um harakiri. Sou Attila Joszey, se jogando nos trilhos de uma ferrovia, para morrer atropelado por uma locomotiva. Sou Camille Claudel, escrevendo cartas apaixonadas a Rodin, perdida de amor e de loucura, num hospício. Sou Maiakovski, Césare Pavese, Torquato Neto, Alfonsina Storni, Clarice Lispector, Pedro Nava, Walter Benjamin... Sou todos eles, nesta noite. Ontem nem sei quem eu era. Amanhã não serei nenhum deles. Sou toda a poesia do mundo. Ou nenhuma poesia.


(by, franck)

(Quem dá a volta ao zodíaco comigo...)

Previsões dadas...

EU...

Minha foto
São Luís, MA, Brazil
Um brasileiro-nordestino, um cara comum, qlq um, como diria Caetano Veloso...