quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cheirando a campos de papoulas






Quero vc antigo. Apaixonado. Equilibrista num domingo de junho, como aquela tarde azul à beira mar, menino ostra. Quero você sem guarda, sem proteção, no olho do furacão. Rosto carmim. Caulim. De olhos fechados, mas de braços abertos, numa noite de chuva, percorrendo zonas perigosas ou nosso jardim do Edén? Quero você nos meus planos futuros, assim... Como ontem, naquele bar, sentimental eu fico, sou. Somos. Homem lobo. Olho no olho. Mão na mão. Pensamentos num janeiro, numa viagem. Quero você, porto não tão seguro, mas atracado, cais. Ilha. Noites de bossa. Fossa. Contramão, mas você na direção de nossos dias, do carro, do meu coração... Quero vc, sim, como hoje ao telefone, manhã nublada, falando das pessoas nas ruas. Os gritos na feira. Os gatos em casa. Das nossas plantas. Relembrando o homem antigo. O de ontem. Vislumbro as lantejoulas da loja ao lado. Rimos das nossas visitas. Quero o chá que está tomando. Quero você, assim, nos meus sonhos, real, atemporal. Medos e brilhos. Blues. Cheirando a campos de papoulas. Quero você, sorridente, como fotos em sépia, vintage que fomos. Somos. Polaróide. Cartão postal de nossa felicidade.(by, franck - imagem: internet)

(Quem dá a volta ao zodíaco comigo...)

EU...

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São Luís, MA, Brazil
Um brasileiro-nordestino, um cara comum, qlq um, como diria Caetano Veloso...