sábado, 21 de fevereiro de 2015

Vórtice

Quis umas tardes com você para caber no mar, quando os portos não tivessem navios, mas pontos de silêncio e solidão.
Umas tardes que nos levasse para onde o vento soprasse, como um vórtice. Um móbile. Pipas.
Nas tardes que quis com você poderíamos vestir nossas roupas brancas. Implodir rochas de corais. Irromper nas superfícies. Deixarmos os vazios que carregamos no abissal.
Quis umas tardes com você para caber no mar. Em alto mar, restaram minhas cinzas como uma anêmona e seus tentáculos.
Você ainda prefere nas tardes o fogo e aquele piano tocando na casa ao lado da sua umas canções que não terminam nunca.
(by, franck)
(imagem: net)

2 comentários:

  1. Também sou apaixonada em tardes no Mar...
    Lavando a alma e tudo o mais..
    rsrs

    bjo Franck

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  2. "umas canções que não terminam nunca"...
    E o desejo do piano ao lado permanece.

    Lily, Suzana Guimarães.

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(Quem dá a volta ao zodíaco comigo...)

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Um brasileiro-nordestino, um cara comum, qlq um, como diria Caetano Veloso...