terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Os silêncios que viraram coisas

Bebi seus silêncios. Os que você nunca foi capaz de romper. Por causa deles, uivava com os cães, caminhava os dias como explosivos.
Bebia silêncios e seguia navios, aviões, bicicletas e transeuntes. Era eu aquele blues, aquele fado dolorido. Dentro dos seus silêncios fui descobrindo canaviais. Abelhas. O que era doce.
Por isso, às vezes grito. Às vezes uivo. Às vezes feriado. Por isso, não há correios para enviar as cartas que escrevi dos seus silêncios.
(by, franck)

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