quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Inexistir

As pessoas morrem. Os gatos morrem. Os peixes morrem. Os mendigos morrem. Eu morro. Minhas tias morrem. As plantas morrem. Antes começaremos a temer o escuro do quarto. As praças. As praias. A cidade. Os livros. As outras pessoas. Restará a nostalgia de um tempo simples, como uma tarde numa cidade do interior, dois ovos dentro de uma chaleira cozinhando. De filmes norte-americano numa sessão da tarde e suas crianças esquecidas. Uma noite com cordel sendo lido. Inexistir é a diferença entre fugir ou se afastar enquanto aos poucos vamos nos reduzindo a signo, holograma, diagrama? A certeza que nos encontraremos em outra galáxia? Existirá um dia que inexistiremos. Todas as certezas se apagarão. (by, franck) (imagem: internet)

(Quem dá a volta ao zodíaco comigo...)

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Um brasileiro-nordestino, um cara comum, qlq um, como diria Caetano Veloso...