...'Talvez a salvação viesse em naves espaciais, atari, eletrochoque ou a própria loucura. Talvez saber chorar ajude muito"...
(Trecho do poema 'Pra Ana C. e Caio e todos nós', do livro 'O perigo do dragão', de Bruna Lombardi)
...Aí parei tudo, bati com a mão na mesa e gritei: CHEGA! Cansei, para tudo, assim não dá mais. Quero mudar tudo. Quero um novo visual: olhos verdes, um bronzeado legal, umas roupas transadas, enfim, quero ficar 'lindão', quero ficar um gato. Surfista e BURRO. Quero namorar uma 'gatinha' charmosa e também BURRA. Estudar na UFMA (Administração, Direito, Economia), Porque? E você ainda pergunta? Ora, cheguei a conclusão que só os burros são felizes. Eles não pensam, assim não sofrem. Questionar o quê? Eles não questionam nada porque nada é questionável. A gente é metido, pensa, questiona tudo e acaba nesta merda. Pode? Eu acho isso sacanagem braba. Pensa bem, qual é o burro que não se dá bem? Ficam lá no barzinho de papo-pro-ar, rindo, bebendo, namorando e não esquentam a cabeça com nada. Depois casam, fazem filhos e a história se repete. Enquanto ficamos batendo cabeça pelos cantos. Acha isso justo? Eu cansei. Declarei calamidade. A gente passa o tempo todo questionando tudo, mil grilos na cabeça e o resultado é o que? Sendo assim, largo a bandeira (abrir entradas na mata virgem pra quê?) e pego a prancha de surf.
Semana passada eu havia abticado de cetro, coroa, trono e tudo mais que me decorava como rei da depressão. Lancei mão da espada e gritei por independência. Disse que queria mais é levar a tudo no 'oba-oba', que a vida era uma festa, que devíamos dar gargalhadas. Quero renascer, reviver, reinventar minha vida. Deixar de lado a brancura dark e pegar um sol, pegar um bonze, entrar para uma academia, fazer duas horas diárias de musculação, tratar o corpo, porque a mente foi para o 'beleléu'...
Não me estranhem, hoje estou assim, sabe quando as coisas esgotam-se? Minha deprê foi tanta nos últimos dias, fui ao fundo do poço que não restou nada, a lama secou, as paredes ruiram. Por sorte sobrei. As pessoas me machuram tanto, praticamente destruiram com meu coração, ok, elas venceram, a desilusão foi tanta que não sobrou nada. Somente agora estou me reerguendo. Ontem a tarde, baixou o santo aqu em casa, era Angela RôRô, Bethânia, Nina Simone, Marina, Cazuza, gritando aos quatro cantos desta casa. E eu ali, 'sem pai e nem mãe'. E hoje, eu estou assim, querendo um colo, café na cama, um abraço, faço qualquer coisa por um, 'me abraça que eu te dou meu sangue'.
(Trecho do poema 'Pra Ana C. e Caio e todos nós', do livro 'O perigo do dragão', de Bruna Lombardi)
...Aí parei tudo, bati com a mão na mesa e gritei: CHEGA! Cansei, para tudo, assim não dá mais. Quero mudar tudo. Quero um novo visual: olhos verdes, um bronzeado legal, umas roupas transadas, enfim, quero ficar 'lindão', quero ficar um gato. Surfista e BURRO. Quero namorar uma 'gatinha' charmosa e também BURRA. Estudar na UFMA (Administração, Direito, Economia), Porque? E você ainda pergunta? Ora, cheguei a conclusão que só os burros são felizes. Eles não pensam, assim não sofrem. Questionar o quê? Eles não questionam nada porque nada é questionável. A gente é metido, pensa, questiona tudo e acaba nesta merda. Pode? Eu acho isso sacanagem braba. Pensa bem, qual é o burro que não se dá bem? Ficam lá no barzinho de papo-pro-ar, rindo, bebendo, namorando e não esquentam a cabeça com nada. Depois casam, fazem filhos e a história se repete. Enquanto ficamos batendo cabeça pelos cantos. Acha isso justo? Eu cansei. Declarei calamidade. A gente passa o tempo todo questionando tudo, mil grilos na cabeça e o resultado é o que? Sendo assim, largo a bandeira (abrir entradas na mata virgem pra quê?) e pego a prancha de surf.
Semana passada eu havia abticado de cetro, coroa, trono e tudo mais que me decorava como rei da depressão. Lancei mão da espada e gritei por independência. Disse que queria mais é levar a tudo no 'oba-oba', que a vida era uma festa, que devíamos dar gargalhadas. Quero renascer, reviver, reinventar minha vida. Deixar de lado a brancura dark e pegar um sol, pegar um bonze, entrar para uma academia, fazer duas horas diárias de musculação, tratar o corpo, porque a mente foi para o 'beleléu'...
Não me estranhem, hoje estou assim, sabe quando as coisas esgotam-se? Minha deprê foi tanta nos últimos dias, fui ao fundo do poço que não restou nada, a lama secou, as paredes ruiram. Por sorte sobrei. As pessoas me machuram tanto, praticamente destruiram com meu coração, ok, elas venceram, a desilusão foi tanta que não sobrou nada. Somente agora estou me reerguendo. Ontem a tarde, baixou o santo aqu em casa, era Angela RôRô, Bethânia, Nina Simone, Marina, Cazuza, gritando aos quatro cantos desta casa. E eu ali, 'sem pai e nem mãe'. E hoje, eu estou assim, querendo um colo, café na cama, um abraço, faço qualquer coisa por um, 'me abraça que eu te dou meu sangue'.