"Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma como precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo".
(Caio Fernando Abreu em 'Os dragões não conhecem o paraíso')
Ontem a noite olhei o céu quando vinha de uma cidade vizinha, na qual leciono, e vi a lua e a noite estava muito quente, ouvia rádio e na auto-estrada cheguei a conclusão que estou só, de uma solidão tão absoluta que palavras não há, como o Minotauro que percorresse e conhecesse cada um dos corredores de seu labirinto, cada mancha, o esporádico musgo, a fenda incerta entre as pedras, e, conhecendo, dissesse para si: estou só. E só ele saberia o quanto suas palavras diriam dele, sem que se pudesse ouvir.
Não há em meu horizonte pessoa com quem eu possa dialogar, ter conversas sérias, isto é impossível com as pessoas que me rodeiam ( 'o inferno são os outros', sábio Sartre). Já desde o início do ano mantenho uma espécie de diário onde, como o Asterion de Borges ( que é o próprio Minotauro), digo a mim mesmo como foi meu dia, o que fiz, o que penso sobre esta ou aquela pessoa, e, não vejo como poderia ser de outra forma.
Ainda bem que tenho os livros, as músicas, os filmes, os amigos da blogsfera, o mar, as ladeiras dessa cidade, o céu azul...
(Caio Fernando Abreu em 'Os dragões não conhecem o paraíso')
Ontem a noite olhei o céu quando vinha de uma cidade vizinha, na qual leciono, e vi a lua e a noite estava muito quente, ouvia rádio e na auto-estrada cheguei a conclusão que estou só, de uma solidão tão absoluta que palavras não há, como o Minotauro que percorresse e conhecesse cada um dos corredores de seu labirinto, cada mancha, o esporádico musgo, a fenda incerta entre as pedras, e, conhecendo, dissesse para si: estou só. E só ele saberia o quanto suas palavras diriam dele, sem que se pudesse ouvir.
Não há em meu horizonte pessoa com quem eu possa dialogar, ter conversas sérias, isto é impossível com as pessoas que me rodeiam ( 'o inferno são os outros', sábio Sartre). Já desde o início do ano mantenho uma espécie de diário onde, como o Asterion de Borges ( que é o próprio Minotauro), digo a mim mesmo como foi meu dia, o que fiz, o que penso sobre esta ou aquela pessoa, e, não vejo como poderia ser de outra forma.
Ainda bem que tenho os livros, as músicas, os filmes, os amigos da blogsfera, o mar, as ladeiras dessa cidade, o céu azul...
Não tenho quase palavras.
ResponderExcluirMas digo: neste ponto somos parecidos. E mais, sinto-me sozinha aqui pelo fato de, assim como tu, não ter com quem desabafar.
Sad but true..
Mas, não esqueças jamais que tu tens coisas que não perderás jamais: o teu céu azul e a lua(que eu amo demais); teus livros que aposto que são como um refúgio (para mim eles são, talvez porque me leve para longe da realidade); as músicas, estas que estão em todos os nossos momentos.
E principalmente, teus amigos da blogosfera, se estou certa.. Tu sempre terás nós daqui. Eu daqui!
Engraçado como estes desabafos unem as pessoas que jamais se viram antes.
Desejo-te paz, tranquilidade.
Santo Caio já disse a fórmula.
ResponderExcluirO difícil é seguir as fórmulas, porque a realidade é tão excruciante!
Porém, seguimos.
Para onde?
Adiante...
Abraços daqui de baixo,
É muito fácil nos perdermos dentro de nós mesmos. Às vezes a solidão é uma benção, outras é o cão!
ResponderExcluirestar só... no fim das contas, a única pessoa que você vai ter consigo para sempre é vc mesmo. espero que vc seja uma boa companhia!
ResponderExcluirSabe Franck,
ResponderExcluirqant mais tento me aproximar das pessoas
mais me distancio.Porque não entendo pq tanta resistência pra se entregar, dai maltratam o outro pra se afaste mais e mais...
Penso que ser só é bom,mas como voce tambem preciso de alguem pra compartilhar minhas ideias,meus objetivos.Pq quando compartilho eu penso melhor.Hoje depois que falei pra voc da possiblidade de associação de projetos, ja tive abertura pra ensar em algo que me afligia
no trabalho q tenho que entregar ate dia 30.
Mas fazer o que se o ser humano se epsecializa em literalmente virar as costa quando alguem tenta se aproximar.Apanho muito por isso,nunca tive medo de me entregara nenhum tipo de relação.Vivo bem só.
Ah chega! rsrs
Bjins entre sonhos e delírios
e eu posso te dizer que eu tenho também um amigo caderno que é um dos mais sinceros pois não me critica, só me ouve. É dificil meu caro esse sentimento de estar sitiado dentro de si mesmo.
ResponderExcluir------------------------------------------------
bem uma dica amiga, proucura um tamplate que deixe teu blog mais pessoal esses templates modelos do blogger são muito limitados.
grande abraços
Infelizmente vivemos um tempo de solidão.
ResponderExcluirComo pode ver pelos comentários não é só você que se sente assim.
Até mesmo Clarice Lispector se sentia assim.
Duvida?? rs...
...Que minha solidão me sirva de companhia.
Que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Que eu saiba ficar com o nada, e mesmo assim
me sentir como se estivesse plena de tudo.
Posso dizer que, desejo o mesmo que ela...rs
Beijo! Bom dia Franck!
Acho que a vida da gente é assim mesmo.. Vivendo e aprendendo com a solidão. Descobrindo que existem outros como nós..
ResponderExcluirO dia a dia nos torna o que somos.
BeijooO'
ótimo o novo "visual", passei pra te deixar saudações, franck... Abraço. Jacson.
ResponderExcluirOlá Franck
ResponderExcluirEssa tal de solidão realmente incomoda. Quando é por opção tudo bem, mas quando é por falta de alternativa, aí ninguém merece.
Grande abraço
Adorei a mudança do blog, esse texto me fez pensar muito... Inclusive na ilusão em Deus, para não esquecemos quem realmente somos :)
ResponderExcluirSaudades
Beijos
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ResponderExcluirEntre uma e outra palavra semeada no texto, vou me aproximando enquanto mero visitante para olhar os jardins da casa. Espero que seja possível, prometo não arrancar o melhor das flores.
E assim, de visita em visita, uma sombra de companhia se aproxima como leitor atento às verdades que até agora aqui encontrei.
Parabéns. Sê sempre humano. Sê inteiro, mas sê!
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Primeira vez q venho aki e nossa te digo,AMO Caio Fernando Abreu,inclusive o meu post tem inspiração de uma frase dele.
ResponderExcluirVia lá conferir.
Gostei mt do teu texto,tb tenho me sentindo só.
Tenha uma ótima quinta-feira!
Espero sua visita no meu blog.
www.fluem.blogspot.com
:*
Nossa... eu nem sei como vim parar aqui, mas VOU FICAR UM BOCADINHO...posso??
ResponderExcluirAmei teu Blog, e tuas escritas.
Quanto ao post, sorte tua ainda ter o mar por perto...sinto uma saudade danada de qdo ele, o mar, era meu vizinho do lado!
abraços!
“Solidão, meu lar!... Tua voz – ela me fala com ternura e felicidade! Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas. Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes."
ResponderExcluirNietzsche
Ficarei por aqui.
Abraços
gostei do layout novo, estarei te seguindo sim Franck, fora teu texto muito bom, devo dizer que adoro quando escrevem algo do Caio, meu dia ganha até mais cor, : )
ResponderExcluirpaz
amigo e parceiro frank, eu ando muiiito enrrolado por aqui... agora estou tbm no cinema. entretando, não me esqueci da nossa corrente,e em breve eu postarei mais poesias e tbm o selo que me foi oferecido.
ResponderExcluirobrigado, Paz!
Nossa!!! Lindo, hein!
ResponderExcluirDeixe-me tirar uma dúvida. Estou fazendo um curso semelhante a esse seu, de estrutura literária.
Ele passou alguma coisa sobre a jornada do herói::: (interrogação)
Nâo consigo imaginar a vida sem este sentimento de singularidade, porque está só é no minho ser singular, único.
ResponderExcluirTenho me consolado que ele é cíclico. Ora é brando e até me permite esquecer a "singularidade". Ora é corrosivo e queima as idéias; o embrião dos sentimentos...
Mas há ganhos nessa estrada para um. Escrita intensa, autoconhecimento e overdose de música e cinema!!!
P.s: Repearei que vc mudou a decoração da casa...Mudar é preciso (?)
Abraços!!!
Acho que compartilhamos da mesma solidão, colega! hahaha, o que é uma pena, claro. Adorei a comparação à mitologia do minotauro, adoro essa história.
ResponderExcluirps. Confesso que fiquei um bom tempo brincando com os peixinhos do seu aquário!
beijo