Se eu tivesse escrito nosso roteiro, não teríamos nos perdido ainda, na minha história estaríamos em alguma praia ao cair da tarde, em alguma vila olhando estrelas, numa madrugada ouvindo blues e tomando vinho, numa manhã acordando abraçados. No meu enredo os planos, os desejos, os sonhos, se concretizariam, e, você seria também um dos personagens principais. Claro, teria cenas em preto e branco, em sépia, mas o colorido invadiria os ângulos, closes, falas, marcações.
Se eu tivesse escrito nosso roteiro, não teríamos tido 'the end', mas uma história que seria uma novela mexicana, um filme francês, um seriado norte-americano, uma série brasileira todo dia, toda semana, todo mês. Não haveria vilão, mocinho ou herói, mas personagens reais como fomos, como somos. Como não escrevi nosso enredo e não li a sinopse, talvez por isso tenhamos sido canastrões, um fracasso de público, mas sucesso entre os amigos, com nossa adaptação de um romance B, sem estréia, muita luz e pouca ação.
Se eu tivesse escrito nosso roteiro, as cortinas não estariam fechadas, teríamos um 'grand finale', estariam pedindo bis.
(by, franck - imagem: internet)
Li no FB, mas prefiro andar por aqui...
ResponderExcluirFoi lido mais de uma vez, mas, de uma vez so, de tao bom! Bebida que desce sem esforco.
Franck, nossa cegueira pode nos levar a cenas de romancinho de segunda, imperdoavel. Mas, nossa cegueira tem boa fe, e, por isso, os anjos correm em socorro de nossas almas, bom, eu creio nisso! Os anjos nos levam para fora, para respirar do cenario vagabundo...
Desculpe-me pela digitacao.
Um abraco,
Suzana/LILY
Sempre perfeito!
ResponderExcluirSaudades de passar por aqui.
BeijooOOO
Perfeito Franck.
ResponderExcluirQue delicia voltar a ler o que escreve.
Por coincidência escrevi algo hoje.
Influencia de nossa conversa pela manhã.
Beijos
Arrepiei... Amei!
ResponderExcluirEu tinha que vir. Sei da importância de estar aqui e dizer mais uma e tantas outras vezes: parabéns!
Bjos.
Eu não gostaria de escrever o roteiro meu. Sou muito chato e invariavelmente colocaria alguém um pouco parecido comigo, ao meu lado. Imagine que horror. Por isso gosto tanto da vida, por isso abro tanto o peito: pra ser invadido pelo desconhecido.
ResponderExcluirUm beijo grande, Franck.
Escrevemos roteiros e mais roteiros para a nossa vida, mas parece que há uma supervisão/censura/revisão final que modifica algumas coisas pois nunca sai do jeito exato que queremos. A vida é uma eterna atuação que dispensa ensaios, é um standy up comedy que nunca termina. E aja rebolado pra encarar as surpresas que nos aguardam nesse roteiro. Abraço amigo.
ResponderExcluirAdorei, adorei!! Aplaudo de pé.
ResponderExcluirFranck, peço desculpas por minha ausência... mas, francamente, quem perde sempre sou eu, eu sei. Você escreve tão bem, sempre quando venho aqui me delicio.
Este texto mesmo... Magnífico.
Obviamente faríamos roteiros sem fim, exclusivamente para os melhores momentos da vida. Mas temos que admitir: não teria sido tão bonito se você o tivesse escrito. As coisas agradáveis aos olhos são as que ainda não foram vistas. A ideia de outro alguém, quiça o tal Destino, escrever nossa vida, traz a surpresa de momentos os quais, talvez, não teríamos vivido se tivéssemos a oportunidade de planejá-lo.
Mas é justo...
Não ter fim.
Beijo doce, Franck.
Ótima semana.
Obrigada por adoçar minha noite.
E ae, Franck. Voltei a escrever. Posso, também, voltar a ler?
ResponderExcluirabraço.
Franck, meu queridão, talvez seja por isso, pelo equívoco da nossa humanidade, que não temos o poder de escrever o roteiro, mas apenas representá-lo. o tempo... que seja infinito, enquanto há dois.
ResponderExcluirbj grandão
Ótimo texto!
ResponderExcluirEu posso escrever o meu próprio roteiro mas não o da vida dos outros...
Beijo grande!
Você continua com a mesma escrita pungente, gritante, que sangre. Muito bom ter ler em tempos de chuvas e alergias matinais.
ResponderExcluirFranck, quem disse que escrever roteiros nos darão a certeza do certo ou do melhor ou do concreto. Muitas vezes, o incerto vira a surpresa agradável que nem imaginávamos. Outras vezes, o risco nos faz cair de um lado ou festejar do outro. O que vale é tentar. E quando a saudade daquele jeito apertar, pedir o bis.
ResponderExcluirEscrevi em linhas breves o nosso roteiro que exalava sentimento puro...
ResponderExcluirAbraços