quinta-feira, 16 de agosto de 2012

(Texto para a corrente literária: 'O que dura pouco para você?')




Dia desses a folhinha, o celular, o computador, o jornal, a agenda de compromissos informaram que era uma quinta-feira de agosto e naquela quinta conheci mais um 'futuro-nunca-namorado'. Sei que não se pode chamar de conhecer esses encantamentos instantâneos e unilaterais, mas não sei como substituir conhecer por outra coisa. Quando o vi, comecei a tecer hipóteses, passados e futuros, e, no início da noite daqu...ela quinta-feira a cidade se transformou em um show, um show colossal com seus ônibus e táxis e carros e pessoas apressadas andando nas calçadas, as lâmpadas acesas das lojas, bares e avenidas em plena tarde, e, eu ali, encantado com os efeitos sonoros de buzinas e vozes humanas e a presença dele.

Ele conversou e riu e gargalhou. Falou, gesticulou, fez que ia embora. Não foi. Foi. Eu continuei sentado, olhando ele ir e o espetáculo do cair da tarde, os amigos em comum, o que horas atrás havia sido um sorvete de jaca e o copinho caido na calçada (nada ecológico), o qual ele passou por cima e por cima dos meus devaneios, para não mais voltar. Oito dias é tão passado quanto dez minutos ou um mês atrás.

(by, franck)Ver mais

3 comentários:

  1. Apesar de ser quase triste, me fez rir... Ah, esses momentos bons e tão rápidos... são um eterno vir...

    Não é, mas como se fosse... Um sorvete?
    AMEI!

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  2. Vou comentar aqui também porque você merece, rs.
    Adoro o que você escreve. Adoro os detalhes, os cheiros, a paisagem. Adoro saber que, quando começo a te ler, entro em uma outra dimensão.

    Beijo, Franck!

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  3. Gosto do que permanece.Efemeridades são tão doídas...

    Fernanda

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(Quem dá a volta ao zodíaco comigo...)

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