O poema a seguir foi escrito num domingo como esse, nublado:
UM DOMINGO NUBLADO
As manhãs nubladas de domingo são boas para acordar dentro delas
beber café preto em pequenos goles e ler o jornal
olhar os objetos sem muitos sustos, porque são o que são e também nos olham
assim como os pratos alinhados na pia
com bordas mastigadas de pizza e azeitonas como pequenas pupilas.
As tardes nubladas de domingo são boas
para contemplar a sede das fotos das últimas férias
ouvir músicas ou o discurso prosaico da faxineira e do porteiro
receber uma visita e tomar vinho tinto
ou ir ao cinema.
As noites nubladas de domingo são boas para debruçar-se à janela
procurando luzes móveis pelo céu e nos sentirmos sereno
nos conceder o perdão por termos sido tão medíocres, mundamos e hipócritas.
..."a lua completa mais de uma volta pelo zodíaco. E o anjo pálido troca o mel pelo sal"... (Caio F. Abreu)
é bom para lermos o que os amigos têm a dizer, depois da semana ora finda e recomeçando, no tempo zero da cabeça humana; aprender mais e repensar o que estava decidido.
ResponderExcluiruma boa semana, meu amigo!
beijos. Cris.
Saudações, Francisco!
ResponderExcluirPrimeira visita ao seu espaço compartilhado.
Obrigado Cris, obrigado Richard pelos comentários, continuem comentando...rsrs...beijos!
ResponderExcluirFrank eu acho incrivel como as vezes nos completa a solidão, o mito do homem só, é o mito do novo milenio
ResponderExcluiro homem que tem tudo
que sabe tudo
e que por escolha recusa o obvio
(ah a poesia tem que ser assim, despertar indagações na mente)