sábado, 24 de agosto de 2013

Ele pediu-me para olhar a lua


Ele pediu-me para olhar a lua que parecia pairar imóvel no céu como um pequeno furo. Ela estava lá: lânguida, débil, bela; penetrando fendas, madrugada, ruas, minha varanda, as roupas no varal, as muralhas da China, nossa noite de sábado. Fizemos dela nosso signo. Nosso código. Nossa bússola...
Ele pediu-me para olhar a lua, naquela noite ela parecia um espelho vazio noturno, o qual fez nosso amor crescer para dentro, porque o 'céu é raso como o oceano', os quais nenhum adentramos, mas espero nos perdermos como se labirintos fosse, ainda nesse agosto. Entre tantas luas e suas tantas fases, o sorriso-lua da sua boca é o que quero todas as noites, todos os dias, como se fosse pássaros, estrelas, pipa de papel de seda, balão de festa junina, fogos de artifícios...
Ele pediu-me para olhar a lua, e, se qualquer noite dessas ela não aparecer no nosso céu, cerzirei a noite em estrelas cadentes de papel crepom, farei de papel alumínio uma lua no teto da casa como uma flor. Um sol. Um vulcão. Um rio subterrâneo. Mas darei a ele a lua, assim, ao alcance das mãos. 
(by, franck)
(imagem: net)

2 comentários:

  1. Nada como a vibração única, própria da Lua, para unir dois seres afins..

    bjo de luz, Franck
    =)

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  2. A lua em sua plenitude há sempre de ser uma boa guia.

    http://lucadantas.blogspot.com.br/

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(Quem dá a volta ao zodíaco comigo...)

EU...

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Um brasileiro-nordestino, um cara comum, qlq um, como diria Caetano Veloso...