segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fogo-Fátuo

Era uma manhã de segunda-feira, como hoje. Calor. Marasmo. Nenhuma motivação para acordar, levantar e ir trabalhar... como hoje; o que mudou foi apenas o mês e ano, mas o poe -
ma continua o mesmo para essa outra segunda-feira:

Nessas manhãs que acordo dentro delas
café com pão não me basta
quero a faca
virar pássaro
porque do alto eles têm a certeza que serão salvos.
Nessas manhãs que acordo dentro delas
quero o veneno mais lento
revirar gavetas, armários e álbuns de fotografias
desejar o inferno
depois o céu
ser eterno.
Nessas manhãs que acordo dentro delas
barbear-me não importa
quero apenas as lâminas
o vôo da montanha-russa
o cheiro do incenso e das velas coloridas
o vermelho dos pulsos
ser invadido de pedra e cal.
Nessas manhãs que acordo dentro delas
não quero olhar o sol
nem óculos escuros
quero ser asas de borboletas
passeando perdidas por seu corpo nu
até nos tornarmos metáforas
anáforas
néon
fogo-fátuo.

2 comentários:

  1. Ei!
    Chegando pra conhecer seu espaço.
    Vou ler com calma
    e volto pra comentar.
    Passa la no meu canto
    de poesia , vou adorar.
    nesse que te visito e nesse aqui
    http://meusreflexoscontostextoseafins.blogspot.com/2010/04/nao-acredita-que-aquela-hora-se.html

    Te espero
    Bjins entre sonhos e delírios

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  2. Obg, vou esperar suas visitas, seus comentários, e, vou tbém aceitar seu convite e qdo em vez passar nos seus cantos de sonhos e delíros...rsrsrsr! Beijos!

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(Quem dá a volta ao zodíaco comigo...)

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