quarta-feira, 5 de março de 2014

Blues só o meu coração

Depois de sua partida deixei as luzes da casa acesas, assim como as velas e as lanternas do jardim. Mas removo o azul da noite, blues só o meu coração.
Depois de sua partida rego plantas. Escrevo cartas. Desvendo búzios, rotas, signos, mapas. Mas não sei onde deixei aquele relógio que nos apressou naqueles dias que libra cruzou o céu e eu moraria nos seus olhos ou nos seus passos largos. Moraria em você, serias um lugar que habitaria.
Depois de sua partida não há vento no litoral, outubro queima, mas viraria concha no seu peito. Tomaria vinho do porto da sua boca. Meu amor é asa, salto, voo.
Depois de sua partida vejo flores entre luas. É verão na ilha e recolho roupas, suspiro muito, habito a solidão de um salto da bailarina e a sua solidão numa sessão de um filme japonês.
Depois de sua partida insisto em nenhum segredo e em tardes vendo o mar, mas apagarei as luzes da casa, as velas, as lanternas; até outro dia de voltar...
(by, franck)

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