quarta-feira, 5 de março de 2014

Minha alma nativa

Viajo num trem do interior,levo uma alegria triste
o ciclo dos astros por um ano
minha nativa alma da América do Sul.
No sonho, você parado numa estação dançando flamenco
não desço, sou areia e sol
só sei dançar bumba-meu-boi.
Mas quero cruzar a rota 66 e contar das sequóias
ser personagem de Bagdá café
encontrá-lo num casamento indiano ou sob as cerejeiras em flor.
Sou a fantasia de um mundo blues
não sei de Nepal, Lago Keitcharo, Empire State,
mas contarei da Serra da Mantiqueira, Xambioá, Araraquara, Belém do Pará.
Viajo num trem que talvez me deixe em Albuquerque
verei balões de ar quente
água-viva, que sou, dos mares do Sul.
Mesmo em hemisférios opostos, somos marcas, 
Fósseis. Iguais.
No sonho, o relógio continuou funcionando.
(by, franck)

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