E o apito do navio como é? Não lembro mais...
Dei nove voltas ao redor daquela árvore. Não sou mais de Ovidah. Trouxeram-me para outro porto. Nessa cidade tão distante que dizem ter um rio que não tem peixe, nele eu quero pescar.
A árvore do esquecimento plantada pelo Rei Agadja ainda resiste ao tempo? Esta árvore não me fez esquecer as origens. Foi ele, o Rei, que plantou a árvore: um jatobá? Um ipê? Um baobá? Os frutos daqui são outros. Os sons são outros, mas em certas noites ouço rufar de tambores. Cantigas ancestrais.
Eu dei nove voltas ao redor daquela árvore, mas ela, moça negra, deu apenas sete. Cantou ciranda. Deu umbigada...
Uma noite escura. Um porão. Perdi a geografia. A rota. O prumo. As veredas. Caminho dentro de casarões. Ouço vozes. Risos. Escadas rangendo. Lá fora uma carruagem com mulas sem cabeças troteiam na madrugada. Chicotadas. Urros.
E a moça negra não quer só sete voltas ao redor da árvore. Perambula pelos desertos em lua cheia. Há um gavião. Um avião. Um navio. Água de lastro. E a moça quer de volta sua morada.
E eu naquele porto sem bússola, com um mapa antigo sem corrdenadas, gps, sem escalas, como o navio que embarquei... Não darei mais nove voltas ao redor daquela árvore, darei cinquenta, cem, mil voltas até ficar bêbado, ter labirintite, vê as estrelas, lua, terra, sol e todos os planetas girarem nas palmas das minhas mãos e ter água salgada nos pés.
No meu mapa astral, eu, vavassalo ou vassalo? Ele, Rei de Ovidah. 1727, era o ano. Eu, menino que ele foi? Não sei. Não é. Serei. Talvez.
O sonho se desfez... amanheceu!
(by, franck)
Dei nove voltas ao redor daquela árvore. Não sou mais de Ovidah. Trouxeram-me para outro porto. Nessa cidade tão distante que dizem ter um rio que não tem peixe, nele eu quero pescar.
A árvore do esquecimento plantada pelo Rei Agadja ainda resiste ao tempo? Esta árvore não me fez esquecer as origens. Foi ele, o Rei, que plantou a árvore: um jatobá? Um ipê? Um baobá? Os frutos daqui são outros. Os sons são outros, mas em certas noites ouço rufar de tambores. Cantigas ancestrais.
Eu dei nove voltas ao redor daquela árvore, mas ela, moça negra, deu apenas sete. Cantou ciranda. Deu umbigada...
Uma noite escura. Um porão. Perdi a geografia. A rota. O prumo. As veredas. Caminho dentro de casarões. Ouço vozes. Risos. Escadas rangendo. Lá fora uma carruagem com mulas sem cabeças troteiam na madrugada. Chicotadas. Urros.
E a moça negra não quer só sete voltas ao redor da árvore. Perambula pelos desertos em lua cheia. Há um gavião. Um avião. Um navio. Água de lastro. E a moça quer de volta sua morada.
E eu naquele porto sem bússola, com um mapa antigo sem corrdenadas, gps, sem escalas, como o navio que embarquei... Não darei mais nove voltas ao redor daquela árvore, darei cinquenta, cem, mil voltas até ficar bêbado, ter labirintite, vê as estrelas, lua, terra, sol e todos os planetas girarem nas palmas das minhas mãos e ter água salgada nos pés.
No meu mapa astral, eu, vavassalo ou vassalo? Ele, Rei de Ovidah. 1727, era o ano. Eu, menino que ele foi? Não sei. Não é. Serei. Talvez.
O sonho se desfez... amanheceu!
(by, franck)
Franck, Franck... filho de Deus,
ResponderExcluirAgora, você abusou. Abusou muito. Que texto é este? Maravilhoso. Coisa de profissional. O que que é isso? Não posso sequer repetir o que mais gostei. Gostei, amei tudo.
Um texto extremamente belo! Magnífico!
TEM SELINHO DE COMEMORACAO DE 200 SEGUIDORES PARA VC!!!!BJUS!
ResponderExcluirEu que fiquei só no significante (na superficie), gostei.
ResponderExcluirLembrei-me de "A carne", de Júlio Ribeiro. Cirandas, escravos, alegria na tristeza.
Beijos e bom fim-de-semana!!!!!
Saudades
Mônica
Sempre amanhece e o sonho se desfaz, e a realidade que se nos apresenta as vezes é triste e solitária.
ResponderExcluirVou esperar pelo fim de semana rsrsrs
Bjux
ai que chato, você acordou...aff...estava tao bom.
ResponderExcluirtexto ótimo.
abraços
Hugo
já disse que amo o que vce escreve certo? seu blog está cada vez mais recheado de sentimento!
ResponderExcluirJá perdi tantas vezes o meu rumo que as vezes penso estar no caminho certo de novo... mega bjooo, adoro as sensações que tenho ao te ler!
ResponderExcluirA moça negra não perambula pelos desertos.
ResponderExcluirA moça negra corre exaustivamente por uma floresta.
A moça negra é caçada.
A moça negra é encontrada,
Quantas chibatadas?
A moça negra nem sabe mais,
Só ouve os estalos do chicote
E eu acordo.
amei o seu sonho, quero hoje sonhar assim tbem, lindamente igual ao seu, Daki levo seu carinho sua alegria e deixo aki meu afero, aki te sigo te leio e te persigo.
ResponderExcluircom carinho
Hana
sim, melhores dias virão (:
ResponderExcluirMaravilhos .... adorei
ResponderExcluirestou seguindooo!
A Suzana é que tem razão, coisa de profissional, magnífico.
ResponderExcluirE eu completo,genial, lindo, bem escrito, prólogo perfeito para um sonho bem maior...
abraço querido!
Rafa Feck
Grande sonho esse...
ResponderExcluirflutuei por ele...
e acordei...
e adormeci...
em um sonho...
dando voltas em um Ipê amarelo...
beijossssss
Leca
Lindoo sonhooo;
ResponderExcluirBom fim de semana .
Franck, amadoooooooooooooooo meu!
ResponderExcluirTennho que tomar cuidado com meu coração, cada vez que entrar aqui.
Meu coração fica taquicárdico, o corpo começa a suar, e as mãos tremem.
E o sonho m eu amigo...me diz Franck, porque o sonho acaba?
Muito, muitooooooooooo lindooooooooooooooooooo Franck.
PS: escreve um livro???
Te amoooooooooooooo, meu querido!
Adoreiiiiii o que me mandou da Bruna.
ResponderExcluirTudo o que vem de você, vem bem.
E percebi que mudou o nome do blog! Hum!
te abraço forte!
Voltando aqui, pra te desejar um ótimo final de semana de paz.
ResponderExcluirabraços
Hugo
Franck, eu sou suspeita pra falar do Caio.
ResponderExcluirPenso, que respiro Caio.
Transpiro. AMOOOOOOOOOOO!!!
Beijooooooooooo!!!
.
ResponderExcluirComo não voltar aqui, sempre, sempre, sempre...?
Seus textos são de puro encanto. Sua poética é perfeita e agora então, sabendo que conheceu pessoalmente o Caio... (Suspiros) ai...ai...
(Sou boba assim mesmo) rsrs
Lindo demais esse texto! Mas os sonhos não se desfazem com o amanhecer. Podemos continuar sonhando acordados.É bom!
Deixo beijos. Levo suspiros.
.
.
Adorei o texto, adorei o blog, Parabéns!
ResponderExcluirLibrianos, convivo com eles diariamente.. :)
obrigada pelos comentários de sempre..
Beeijos :*
Mudou o quadro principal da casa... Eu gostava daquele chiclete. Nunca lhe disse, mas quando meu chiclete acaba ele está sempre roxo. Sei que de algumas pessoas, eles permanecem rosa.
ResponderExcluirA minha irmã é libriana e um monte de primas.
Eu não fiz um poema sobre a moça negra. Eu te contei um sonho sonhado há muito tempo. Era eu.
Não sou aquela gente que acredita que sempre reencarnou rei, rainha, Napoleão.
parabéns pelo sonho...
ResponderExcluirGosto de suas palavras
ResponderExcluirBom final de semana
=D
Franck, vim te visitar trazendo nas mãos um cappuccino bem quente. Afinal por estas bandas aqui do sul faz, nestes últimos dias, um frio do cão. O café esfriou, esquecido de tão envolvida que fiquei lendo teus posts, um mais viciante que o outro.
ResponderExcluirGostei daqui. Vou voltar. Dá próxima vez trago um café mais quente ainda pra gente "prosear".rsrsr
bjos meus
sonhei junto....
ResponderExcluirbeijos no seu coração,
Biazinha
Guri... que sonho!
ResponderExcluir'Viajei' contigo...
Bjão e um final de sábado super iluminado.
Nossa Frank!! Mudou tudo por aqui!!!!
ResponderExcluirQuase não consegui te achar...!
E teu texto????BOm, uma viagemmmmmmmmmmmmm!
bjossssssssss
.
ResponderExcluirUm encantado final de semana pra ti, Franck!
(Mesmo quietinho)
"Tenho dias lindos, mesmo quietinhos"
Beijos e sorrisos
.
.
Olá meu amigo, parabéns pelo novo layout, adorei, ficou maravilhoso esse fundo com o planeta Terra. Um ótimo final de semana.
ResponderExcluirMaravilhoso!
ResponderExcluirLindo sonho...
Beijinhos e Bom Fim de Semana.
Boa noite Franck,
ResponderExcluirum sonho delicioso que me deixa sem palavras, nem sei o que dizer, Lindo!
Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas