Memórias
Houve um tempo em que eu não amava ainda
mas as canções de amor traziam em mim uma nostálgia longínqua
longínqua como os olhos de minha avó
aos sessenta e cinco recordando os dezesseis.
Eu disse-lhe: não é você, é outra aquela que se esgueira defronte seus olhos
mas ela insiste em dizer: sou eu mesma.
Há quem nasça com a dor dentro de si
como a semente de memórias.
Não quero aos sessenta e cinco recordar meus dezesseis
minha dor é a de hoje
não a dos anos longínquos
em que não serei mais eu.
Houve um tempo em que eu não amava ainda
mas as canções de amor traziam em mim uma nostálgia longínqua
longínqua como os olhos de minha avó
aos sessenta e cinco recordando os dezesseis.
Eu disse-lhe: não é você, é outra aquela que se esgueira defronte seus olhos
mas ela insiste em dizer: sou eu mesma.
Há quem nasça com a dor dentro de si
como a semente de memórias.
Não quero aos sessenta e cinco recordar meus dezesseis
minha dor é a de hoje
não a dos anos longínquos
em que não serei mais eu.
Ah, nada como isso em vésperas de trocas de amor, sinceras ou não, culturais ou biológicas...
ResponderExcluir(Vou me ausentar por uma semana)
Cuide-se, meu amigo de memórias.
Franck,
ResponderExcluirA minha dor é a de hoje também, mas sou meio por natureza saudosista. Talvez, quando eu tiver a idade da vovó, fique lembrando com tristeza dos meus 16... não sei...
BjO*
Embora a nostalgia me seja sedutora, sei que o melhor a fazer é permanecer aqui, no hoje (cinza ou não). Afinal, é o único tempo em que posso atuar, e quem sabe, ser feliz.
ResponderExcluirAbraços, querido!!!!
A minha nostalgia é lembrar algo que não vivi, tenho medo de chegar a certa idade e perceber que aos 16 eu não vivi o que merecia viver... gostei do novo layout! bom fim de semana...e bom dia dos namorados!
ResponderExcluirSua mensagem poética me remeteu a longínquos tempos de outrora, quando amei pela primeira vez. A minha dor foi naquela época, mais a toda lembrança torna-se a dor de hoje. Importa recordar sempre mesmo que doa. Algumas pessoas nascem com uma sensibilidade à flor da pele e transcendem ao mundo fático. Esse é o terreno comum que compete verdadeiramente ao poeta. E como você mesmo disse: “Poesia & poesia, é o que me mantém vivo nessas inquietudes cotidianas.”
ResponderExcluirParabéns pelo texto poesia.
Abraços.
Nossa! Duas notas: 1. ficou linda a nova veste do blog... 2. Wally, o poeta que sempre invejei até os ossos... a alegria que nunca tive. Um ótimo fim de semana! Abraço.
ResponderExcluirtudo tem seu tempo, e cada tempo tem a sua lembrança.
ResponderExcluirUm abraço
ah meu caro então como eu irei sofre nos meus 21 anos já recordo com dor os meus 15 imagine nos meus 60 se caso eu chegue até lá
ResponderExcluir^^
ResponderExcluirpois é acho que não tenho tanto que comemorar hoje
espero que gostes dessa minha experimentação textual que é a saga do Carlos Henrique
abraços
Voltei (antes de arrumar as malas para a ausência forçada): é pra comentar que adorei a imagem.
ResponderExcluirParabéns, Franck!
ResponderExcluirAmei, tudo.
Mas das dores dos outros eu não falo...oiço só!
beijo
^^
ResponderExcluireu até que já achei o meu
mais o problema é que eu não sou funcionário de padaria
^^