(Para os que não tem namorado ou namorada, como eu! Que nesse dia 12/06/10, não vai se deprimir, como eu! Então vamos ler o texto e ouvir uma canção de amor?)
Carta Extraviada 5
Tudo o que vejo são telas digitais, um novo mundo feito de chips e magabytes, e você vem falar de amor, um amor que deixaria a todos incrédulos por ser real demais. Não recebi suas cartas, mas sei que elas foram escritas, o universo regido por ícones eletrônicos induz a fantasias telepáticas. Ser intuitiva também é uma forma de conexão, há muitas cartas extraviadas viajando pelo espaço, sem fios eou cabos, sem satélites, palavras silenciadas e igualmente transmitidas. Amor é um troço raro e sempre de vanguarda.
Também escrevo minhas cartas que não são postadas, cartas digitalizadas no sonho, um mundo de excelentes intenções, nostalgias, poesias, essas coisas quase fluviais. Você vem falar de amor de um modo que emociona, e eu vou falar de amor como se fosse sua resposta. Agradeço, primeiramente, o amor recebido e negado, demonstrado e não, existido e inventado. Pouco importa os plurais de um amor, seus adjetivos, seus diagnósticos e o tempo percorrido, se foi um amor de verão ou se comemorou vinte bodas anuais, o amor que sinto não é dado a configurações, o amor transcende, nunca foi mortal como a gente.
Gosto destes sons, embala o amor a rima, navego empurrada pelos ais e por sufixos e sílabas que remam, remam, aqui vão minhas palavras navais. O amor não tem ancoradouro, porto, cais - o amor é navegante e recolhe pessoas neste mar de distraídos, salva vidas. O amor que você narra e a mim dirige é amor primitivo, fora de catálago, é sorte dos amores ambientais, estão por toda parte, para senti-lo requer apenas querê-lo. Conceitos fugazes do amor? Não creio. Há os amores produzidos e os amores naturais, os amores duros e os rarefeitos, há os que nascem no peito e os ancestrais, amores vários, todos iguais.
Em diversas cartas há seu apelo e sua culpa pelo amor não vivido. O amor vive apesar de nós, tudo o que sente é validado por ser existente, não sofra mais. Foram cartas não assinadas, não enviadas, talvez escritas por mais de uma pessoa, tanto faz. São cartas de amor, e mesmo com angústia e anonimato, sobrevive nelas o tesouro de um sentimento bruto, porém não violento. O amor comentado nestes tempos que correm é produto, assunto de revistas e jornais, o amor nos tempos que correm deveria ir mais devagar, aceitarem-se múltiplos, gozo, gás. Você que escreve mentalmente, você que escreve cartas pra ficar, você que não sabe direito que amor é esse e que só quer se desculpar, você que ama livre e você, entre grades, você que ama em pensamento, você e você e você , nós todos e nossos amores ornamentais, que ainda nos fazem chorar e mal entender, carentes existenciais, você e você e você e nossas cartas abortadas, diagamos para nós mesmos: comunicar é lindo e gritar o amor é nobre, dizer te amo é bálsamo e amis ainda, escutar. Mas o amor independe, o amor, remetente, é transcrito no olhar, há quem entenda e há quem procure lê-lo em outro lugar. Amor é carta que mesmo extraviada está ora chegando e partindo, e pode cair em mãos que não as destinadas, mas onde estiverem as palavras, escritas ou caladas, onde estiverem os desejos e seus códigos postais, não importa a data em que foram selados, serão sempre cartas de amor e amores que alcançaram seus finais.
(Martha Medeiros: 'Cartas Extraviadas e outros poemas'-Edt L&PM Pocket)
Carta Extraviada 5
Tudo o que vejo são telas digitais, um novo mundo feito de chips e magabytes, e você vem falar de amor, um amor que deixaria a todos incrédulos por ser real demais. Não recebi suas cartas, mas sei que elas foram escritas, o universo regido por ícones eletrônicos induz a fantasias telepáticas. Ser intuitiva também é uma forma de conexão, há muitas cartas extraviadas viajando pelo espaço, sem fios eou cabos, sem satélites, palavras silenciadas e igualmente transmitidas. Amor é um troço raro e sempre de vanguarda.
Também escrevo minhas cartas que não são postadas, cartas digitalizadas no sonho, um mundo de excelentes intenções, nostalgias, poesias, essas coisas quase fluviais. Você vem falar de amor de um modo que emociona, e eu vou falar de amor como se fosse sua resposta. Agradeço, primeiramente, o amor recebido e negado, demonstrado e não, existido e inventado. Pouco importa os plurais de um amor, seus adjetivos, seus diagnósticos e o tempo percorrido, se foi um amor de verão ou se comemorou vinte bodas anuais, o amor que sinto não é dado a configurações, o amor transcende, nunca foi mortal como a gente.
Gosto destes sons, embala o amor a rima, navego empurrada pelos ais e por sufixos e sílabas que remam, remam, aqui vão minhas palavras navais. O amor não tem ancoradouro, porto, cais - o amor é navegante e recolhe pessoas neste mar de distraídos, salva vidas. O amor que você narra e a mim dirige é amor primitivo, fora de catálago, é sorte dos amores ambientais, estão por toda parte, para senti-lo requer apenas querê-lo. Conceitos fugazes do amor? Não creio. Há os amores produzidos e os amores naturais, os amores duros e os rarefeitos, há os que nascem no peito e os ancestrais, amores vários, todos iguais.
Em diversas cartas há seu apelo e sua culpa pelo amor não vivido. O amor vive apesar de nós, tudo o que sente é validado por ser existente, não sofra mais. Foram cartas não assinadas, não enviadas, talvez escritas por mais de uma pessoa, tanto faz. São cartas de amor, e mesmo com angústia e anonimato, sobrevive nelas o tesouro de um sentimento bruto, porém não violento. O amor comentado nestes tempos que correm é produto, assunto de revistas e jornais, o amor nos tempos que correm deveria ir mais devagar, aceitarem-se múltiplos, gozo, gás. Você que escreve mentalmente, você que escreve cartas pra ficar, você que não sabe direito que amor é esse e que só quer se desculpar, você que ama livre e você, entre grades, você que ama em pensamento, você e você e você , nós todos e nossos amores ornamentais, que ainda nos fazem chorar e mal entender, carentes existenciais, você e você e você e nossas cartas abortadas, diagamos para nós mesmos: comunicar é lindo e gritar o amor é nobre, dizer te amo é bálsamo e amis ainda, escutar. Mas o amor independe, o amor, remetente, é transcrito no olhar, há quem entenda e há quem procure lê-lo em outro lugar. Amor é carta que mesmo extraviada está ora chegando e partindo, e pode cair em mãos que não as destinadas, mas onde estiverem as palavras, escritas ou caladas, onde estiverem os desejos e seus códigos postais, não importa a data em que foram selados, serão sempre cartas de amor e amores que alcançaram seus finais.
(Martha Medeiros: 'Cartas Extraviadas e outros poemas'-Edt L&PM Pocket)
Oi Frank, tem selo pra vc no meu blog,
ResponderExcluirbjo
Oi Franck.
ResponderExcluiré relamente diz uma mudança no blog, mudei template, titulo e conteudo, enfim acho que encontrei a forma ideal.
Obrigado pela visita no meu blog, e pelo comentário. ABS
Ando tão extraviada de mim...
ResponderExcluirEspero que o dia 12 seja condescendente comigo. Não ofusque meus olhos, não me imprima tanto deslocamento...
Martha é simples e certeira!
Abraços
Mônica
Belíssimo o texto!!!
ResponderExcluirRetornei ao Vórtice. É menos sofrido pra mim.
Fique comigo por lá.
Abraço meu amigo.
Texto lindo!
ResponderExcluirObrigado por sempre aparecer pelo meu silêncio..
aos poucos voltarei a escrever.
E no dia dos namorados, por favor, não se deprima.
Paz, amigo.
Oi Franck,td bom contigo?
ResponderExcluirHa eu tb não tenho ngm pra passar o dia dos namorados...uahshuahs
nunca tive em 20 anos.Ô relacionamentos frustrados...auhsuahhs!
Mas é aquela coisa neh: Quem tem azar é AZARADO!
E quem tem sorte é SORTEIRO!
Tirando a brincadeira à parte mt bom o texto,ainda não tinha lido nada de Martha Medeiros.
Hj tem mais programação!
:*
Ei!
ResponderExcluirPassando...te lendo
e deixando
meus
bjins entre sonhos e delírios
Oi Franck......
ResponderExcluirSempre estou interessada em demonstração de afeto... :)
Fico lisonjeada!!!
Selos aceito,!!!
abraços
"Há mais amores em mim do que eu pensava"...cartas espalhadas, e há versos de chegadas, embora vencidos pelos da despedida.
ResponderExcluirSophia está mais calma, mais ainda inquieta...rs,
Blogbeijooos!
Nem sei o que acrescentar,ou elogiar.Só Martha Medeiros mesmo, para fazer tão bela alteração.
ResponderExcluirBeijooO'
Oiii franck!
ResponderExcluiradorei o texto...
passando para deixar um beijo enorme..
beijos
Oi Franck,hj postei sobre akele link q vc me mandou e tem selinho.
ResponderExcluirObrigada!
:*
frank eu te enviei um e-mail queria que você lesse com todo o carinho e me desse a resposta mais rápido possível, tenho certeza que posso contar contigo grandes abraços
ResponderExcluirMartha Medeiros é minha idala, minha musa inspiradora!!!!Amooooooooooooooooooo!
ResponderExcluirEu ja conhecia este texto e como tudo o que de Martha...Perfeito!
bjokas
tinha mesmo enviado para esse e-mail mesmo, caso não tenha outro, hotmail e afins bem em todo caso reenviei, você já recebeu algum email meu já havia enviado uns anteriormente para o mesmo endereço
ResponderExcluirFrank, parabéns que blog lindo!!!! Martha Medeiros é simplesmente perfeito...Bjo grande
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