Ausência
Após seis meses de sua ausência, dentro dos quais esperei o telefone chamar e ouvir sua voz do outro lado da linha, a campainha da porta tocar e quando abrisse, visse reu rosto e aquela expressão meio angustiada que você sempre tinha (tem), esperar um recado, uma carta, um email, nada disso aconteceu, apenas meu luto, que a cada dia foi sendo curado com lágrimas, tentativas de outros relacionamentos, apagando seus vestígios pela casa, evitando os lugares que fomos, assim como os amigos em comum.
Após seis meses de sua ausência, quando meu luto por sua partida, como uma bruma numa manhã, se desfez; quando as feridas poderiam ser remexidas que não mais sangrariam, quando, enfim, deixei de ouvir a música de Adriana Calcanhoto ('ainda tem o seu perfume pela casa, ainda tem você na sala'), que foi minha trilha sonora nesse tempo, revejo-a num encontro casual. E, vens me falar de pôr-de-sol na praia, das flores nos cabelos quando cuidava do jardim, das fotografias que ainda tens de nós dois, de nosso sonho de ter uma casa no campo, dos jantares na varanda à luz de velas e regado com vinhos, do luar nos acampamentos que fizemos, dos fins de semana nos Lençóis Maranhenses, das férias mergulhando em Fernando de Noronha, das tatuagens com ideograma chinês que fizemos iguais, das tardes no escuro do cinema, dos livros de Clarice Lispector que deixaste, dos cds de Zeca Baleiro que levaste, do prazer do vento no rosto das tardes na praia, do sabor do sorvete de jaca que só encontrávamos na sorveteria da esquina da nossa casa...
Após seis meses de sua ausência, não venhas me contar de você, não venhas querer saber de mim, não venhas relembrar dessas coisas que vivemos, que fizemos... Após esse tempo sem vê-la, apagou a chama da saudade, o tremor das pernas, o nó do peito e da garganta, suas lembranças nem são mais as minhas.
(by, franck)
Após seis meses de sua ausência, dentro dos quais esperei o telefone chamar e ouvir sua voz do outro lado da linha, a campainha da porta tocar e quando abrisse, visse reu rosto e aquela expressão meio angustiada que você sempre tinha (tem), esperar um recado, uma carta, um email, nada disso aconteceu, apenas meu luto, que a cada dia foi sendo curado com lágrimas, tentativas de outros relacionamentos, apagando seus vestígios pela casa, evitando os lugares que fomos, assim como os amigos em comum.
Após seis meses de sua ausência, quando meu luto por sua partida, como uma bruma numa manhã, se desfez; quando as feridas poderiam ser remexidas que não mais sangrariam, quando, enfim, deixei de ouvir a música de Adriana Calcanhoto ('ainda tem o seu perfume pela casa, ainda tem você na sala'), que foi minha trilha sonora nesse tempo, revejo-a num encontro casual. E, vens me falar de pôr-de-sol na praia, das flores nos cabelos quando cuidava do jardim, das fotografias que ainda tens de nós dois, de nosso sonho de ter uma casa no campo, dos jantares na varanda à luz de velas e regado com vinhos, do luar nos acampamentos que fizemos, dos fins de semana nos Lençóis Maranhenses, das férias mergulhando em Fernando de Noronha, das tatuagens com ideograma chinês que fizemos iguais, das tardes no escuro do cinema, dos livros de Clarice Lispector que deixaste, dos cds de Zeca Baleiro que levaste, do prazer do vento no rosto das tardes na praia, do sabor do sorvete de jaca que só encontrávamos na sorveteria da esquina da nossa casa...
Após seis meses de sua ausência, não venhas me contar de você, não venhas querer saber de mim, não venhas relembrar dessas coisas que vivemos, que fizemos... Após esse tempo sem vê-la, apagou a chama da saudade, o tremor das pernas, o nó do peito e da garganta, suas lembranças nem são mais as minhas.
(by, franck)
É fácil brincas com os sentimentos dos outros, é só voltar e acreditar que tudo vai ser como era antes.Doce ilusão...
ResponderExcluirBjux
O final resume todo o post, maravilhoso por sinal. Ausência é uma dor que vai diminuindo ao longo do tempo. para uns abranda mais facilmente, para outros, demora muito, muito mais... Mas se já não existe mais história, pra que relembrar e falar do tempo em que estiveram afastados... Como vc disse, as lembranças de um nem são as do outro.
ResponderExcluirLindo texto, profundo, real.
Beijos pra ti!
virou a página! que bom!
ResponderExcluir...
tenho um amigo que não a consegue virar há 10 (d-e-z) anos! já ninguém aguenta vê-lo naquele estado.
...
beijo
e eu o que posso falar sobre isso?! não posso! nem me atrevo! apenas digo que bom assim!
ResponderExcluirBeijos Franck e um bom resto de semana ;]
"... mesmo as pedras, com o tempo, mudam" (C.Meireles).
ResponderExcluirAbraços,
Ai, Franck, o que eu já me ri comigo mesmo.;)
ResponderExcluirnem eu imaginei outra coisa!
boa noite!
“Dentro de um livro na cinza das horas”
ResponderExcluirNostalgia pura conterrâneo... “Ai que saudades dos tempos de outrora”.
Mais o amor continua...
Que lindo, Franck! Fui lendo, lendo, arrepiando-me, fui virando emoção. E o que gosto?... o sorvete e seu sabor, os cds que foram, os livros da Clarice que ficaram... fui aí, que bom! Se é realidade, melhor ainda, deu a volta por cima, pulou fora do círculo, e não importa se ainda é amor, se ainda há amor por ela, o que importa é que você provou, mostrou, escancarou para ela e para você, principalmente, que o mundo dá voltas, é grande demais e a sua vida, você a faz!
ResponderExcluirParabéns pela arte, parabéns pela conquista, e pouco importa até onde é irreal, até onde é fatal.
P.S.: você já habita minha casa e se senta na melhor das poltronas.
caramba...
ResponderExcluirMuito bom, o que 6 meses tortuosos não fazem, não é mesmo?! Também já passei por isto, também já apaguei tudo que tinha de ser apagado e, sim, ao contrário de você, ele ter voltado depois de tanto tempo, me fez perder um final de semana pensando em como seria. Mas não, futuro do pretérito não existe e voltemos as nossas conquistas...
ResponderExcluirAbraço!
Franck...
ResponderExcluirpenso que ler
é se envolver
com as apalvras,
cmo fazmos cm os lençois
quando entregues ao
que nos faz muitas vezes cativos:o desejo e o prazer.
O lençois ficam tão amassadinhos,
não da refazer a cama
sem estica-los bem...
Pois quando novamente arrastados
para lá..
não serão os mesmos amassados,
não nos embolaremos da mesma maneira...
talvez
ate o lado da cama será outro...
ainda que a cama a mesma e os lençois tambem, porque por um são.
Como seu texto
diz
e pra frente,
adiante.
Lembranças
de emoções que ja passaram
não amarrotam lençois...
Mas...
lembranças são saudades, marcas
pra exatamente como diz seu belo texto:
Não deixar que outro pense que nós somos
lençois...esticou esta esticado,
relembram apenas
momentos do ontem,
pois na verdade
não querem
um hj...
tanto que foram embora
um dia sem olhar pra tras.
Delícia de texto.
Tarde proveitosissima
essa sua de quinta.
Talvez eu ate componha sobre
lençois hj...
quem sabe?
Bjins entre sonhos e delírios
É incrível como o tempo apaga tudo!
ResponderExcluirBom dia Franck!
Uau .. muito bom ....
ResponderExcluirme identifico com seus textos, já passei por isso ... mas o tempo é o melhor remédio . minha mãe já dizia.
E eu que teimo em acreditar que o 'pra sempre' nunca acaba, contrariando o que cantou Renato Russo.
ResponderExcluirFiquei a pensar..
Um abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQUE bom que tudo passou .
ResponderExcluirsei bem como é isso
:s
uma vez ouvi essa frase num filme :
"Não se atribui grande significado cósmico a um simples evento na terra ..."
Inebria-me a alma suas palavras sempre tão certas... e meu coração se cala diante da dor que uma ausência causa.
ResponderExcluirBeijooO*
Passei pra te deixar um abraço e pra te desejar um ótimo fim de semana... PS.: Não. meu humor não melhorou. Sim. Pode rir, eu deixo. E, eu tbm teria ganho num bolão (risos). Beijo no coração! (Mas, claro, sem arrancá-lo do peito).
ResponderExcluir“A lembrança só dói quando fresca. Depois de curtida, é um consolo.”
ResponderExcluirmuito bom mesmo, adorei seu blog e também estou te seguindo :)
Franck,
ResponderExcluirmas que prazer estar viajando aqui na internet e "cair" no seu blog!Que texto mravilhoso, que todos nós já vivemos um dia...
Sim...o tempo é nosso aliado e o senhor da razão...TUDO PASSA.
Passo a lhe seguir e lhe convido a conhecer meu cantinho, onde só vale...se OLHAR DENTRO DOS OLHOS...
um beijo e bom final de semana!
Bia Maia
http://olhardentrodosolhos.blogspot.com
Ahhhhhhh...
ResponderExcluire esta música...quantas lágrimas já rolaram...
beijo!
Bia
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá Franck, estive lendo suas lembranças, que delíciade tempo bom!
ResponderExcluirEu amo a Adriana Calcanhoto, principalmente a musica " TRÊS".
Obrigada por sua visita meu amigo!
Bjsssssssssss
GM
Tô aqui!
ResponderExcluirrs
...Pra fazer bolhas c/a metade de teu Sr. chiclete, c/todo respeito(rs)
...E Pra dizer q admiro mto quem descreve esse desassossego, essa fala transparente q se acende nas vêias de nossas histórias...c/tanta habilidade.
bj Franck!
é isso aí Frank, assim como Manuel Bandeira temos que aprender a dizer Adeus, sem remorso, assim como os aviões nos aeroportos
ResponderExcluirfica a dor
fica as lembranças
fica tudo de ruim e de podre
mais temos que aprender a nos livrarmos de tudo, eu estou aprendendo e colocando em prática. Lo Adeus ^^